quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Léon, Le Professionel (1994) Dir. Luc Besson



Léon, Le Professionel (1994)


“Mulheres e crianças, não”
(Léon)



Recentemente revive um filme muito bacana dos anos 90, Léon - Le Professionel. Ao contrário de muitos filmes de ação que fez cartaz naquela década, Léon interpretado pelo ator Jean Reno, foge dos clichês apocalípticos do gênero. O personagem Léon não faz parte da série de “Rambos e os programados para explodir” que surgiram como “semideuses” em busca da honra pátria ou a moral familiar. O filme narra a história de um homem com seus bloqueios humanos que tem como única certeza o seu profissionalismo na arte de concluir os seus contratos com sigilo. Fora isso, Léon vive seus conflitos existências, fechando em si mesmo e em sua rotina. Estranhamento o seu único objeto de afeição é uma planta, a qual, dedica máxima atenção.

Como todo bom assassino, trabalha sempre sozinho, respeitando todas as etapas até o momento da execução do seu alvo. Devido aos seus métodos rápidos, limpos e sorrateiros, Léon é considerado o melhor assassino de New York. Mas algumas coisas irão mudar.


A vida do assassino profissional toma novos rumos quando ele conhece Mathilda, personagem interpretada pela jovem e atriz debutante Natalie Portman. Mathilda é uma garotinha de 12 anos, madura perante as crueldades do mundo, mas inocente diante das conseqüências. Independente da tenra idade, a jovem carrega em seus traços a feminilidade de uma mulher, sem deixar a alegria sem medidas de uma criança. 

Realmente é incrível a naturalidade da jovem Natalie Portman em algumas cenas, deixo em destaque a cena do restaurante a qual ela ri incessantemente após contar uma piada tola ao personagem Léon.

Léon e Mathilde criam um vinculo afetivo após um terrível incidente que ocorreu com a família da jovem. Ela acaba sendo a única sobrevivente de um terrível massacre. O que seria um refúgio de uma noite, acabou se tornado semanas. E no processo de convivência ambos os personagens revelam as suas “deficiências humanas”, um encontra no outro aquilo que os tornam iguais. Léon encontra um sentido para continuar a viver. Mathilde a esperança de uma vingança e mudanças na vida. E por fim a jovem convence o assassino profissional a ensiná-la a arte de matar. Seu alvo principal é o policial corrupto Stansfield, interpretado pela insana atuação de Gary Oldman.


CURIOSIDADES E CENSURA


Leon O Profissional ou simplesmente Leon (título original do filme) foi escrito e dirigido por Luc Besson em um momento de “ócio criativo”. Na verdade esse ócio foi impulsionado pela demora na contratação do ator Bruce Willis para o elenco do filme “O Quinto Elemento”. O filme já se arrastava por longos quatros anos entre o processo de produção e captação. Foi então que diretor teve a idéia de criar o personagem Léon, interpretado por Jean Reno, baseado no filme “Le Femme Nikita", também de sua autoria. O roteiro foi escrito em 30 dias e o personagem Léon se tornou um marco para a carreira do ator..

Gary Oldman
 “Léon - Le Professionel” também foi responsável por lançar ao estrelato com apenas 11 anos a atriz e atualmente diretora Natalie Portman. Sua primeira atuação foi em um curta-metragem chamado "Developing". E claro, não posso deixar de comentar o eterno Drácula do diretor Francis Ford Coppola, o ator Gary Oldman em sua incrível atuação como o policial corrupto Stansfield. Um sujeito psicótico e sem medidas, cheio de trejeitos e manias. Fica a dica para a clássica cena que Stansfield chama todos os policiais para enfrentar Léon, totalmente insano, ele enfatiza quantos policiais precisará para o reforço, gritando: “EVERYONEEEEEE!!” Cena impagável!

Liv Tyler esteve cotada para a personagem Mathilda, mas foi descartada por ser alta demais para o papel. Natalie Portman inicialmente não queria que sua personagem fumasse em cena, devido ao efeito que isto teria no público adolescente. Foi Luc Besson que a convenceu a fazer esta cena, dizendo que posteriormente a personagem demonstrava que fumar era um mau hábito. O que não ficou tão explicito. (Besson espertalhão!).


Mas agora o amigo leitor deve estar se perguntando “Qual é a parte censurada desse filme que até agora não vi nada demais”. Então vamos lá. “Léon - Le Professionel” originalmente tem seus 133 minutos de duração, mas devido à reação do público, algumas cenas sofreram cortes, caindo para apenas 109 minutos. O filme em todo seu processo tem várias cenas mostrando o relacionamento entre Léon e Mathilda. Durante o processo de exibição teste a platéia reagiu com risos a cena onde a jovem tentava seduzir Léon, alguns consideraram tal cena inverossímil, o que deixou Luc Besson desapontado, retirando certas sequências. 

Outro problema de tais cenas é a preocupação que gerou em relação incitação a pedofilia. Mas a meu ver a cena é bem simples, apenas um diálogo sobre o que Mathilda ouviu dizer a respeito da “primeira vez” de uma colega e pergunta se Leon quer ser o primeiro dela. Uma censura hipócrita e moralista, já que nossos avôs tiveram relações sexuais bem antes da tal maturidade, sem contar a prostituição. Mas em todo caso Mathilda para mim representa toda a jovem que tem seus desejos diante da utopia dos sentimentos do primeiro amor, nada demais. 

“Léon - Le Professionel” já faz parte do universo Cult 90’s junto com “Cães de Aluguel”. Considero a obra até um pouco Neo-Noir devido as certos aspectos do processo do filme e a despreocupação do diretor Luc Besson. É um ótimo filme para diversão e entretenimento. E claro, deixo disponível para apreciação a versão original e sem cortes. Bom filme!


FICHA TÉCNICA

Gênero: Ação, Suspense, Cult 90's
Ano: 1994
Direção: Luc Besson
Nacionalidade: França
Idioma: Inglês

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